quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Como lidar com "linguarudas"







Sendo quinta feira, é o dia da revolta. Talvez seja um pouco de excesso de ansiedade porque amanhã é sexta e vou ver-me livre de gente podre durante dois dias. Nada mau. Dois dias de descanso emocional sem lidar com dramas e bisbilhotices.

Como viram pelo titulo, hoje vou ensinar-vos a lidar com gente bisbilhoteira e linguruda. E já que não podemos chegar lá e cortar-lhes meio metro de língua com uma tesoura enferrujada, que assim ficavam sem língua e meia dúzia de bactérias, vou dizer-vos como lido com esse drama.

O meu trabalho implica trabalhar com muitas mulheres. Muitas. Umas boas outras más, umas cabras outras bisbilhoteiras e ainda há aquelas que são as verdadeiras cobras venenosas.
Com o passar dos anos aprendi a lidar com todo o tipo de gente.

Para vos esclarecer por completo é importante referir que eu trabalho numa aldeia, daquelas em que não há nada e onde as pessoas passam os anos sem evoluir. Onde tudo que é novo ou "diferente" significa algo de mau. Errado. PECADO.

Como eu tenho tatuagens, uso maquilhagem, tenho um estilo mais alternativo e o meu cabelo vermelho não é um vermelho aceitável como ameixa, violino ou acaju sou basicamente uma pessoa que pertence a uma seita, ás vezes a um gang, que cometo crimes, prostituição e ando na droga.


Em 7 anos de trabalho já ouvi disso tudo. Que era drogada, prostituta e sem esquecer aquela vez em que estive de baixa duas semanas porque estava de caixão à cova mas que para aquela gente linguaruda eu na verdade estive presa. Até parece impossível, mas a verdade é mesmo essa. Eu já tive que lidar com isto tudo.

Segundo as linguarudas do meu trabalho também já estive grávida. Umas quatro ou cinco vezes e já fiz um aborto, porque tanto tinha barriga como no mês seguinte já estava magrinha. Claramente foi um aborto. Acho melhor começar a tentar arranjar mais meia dúzia de empregos que já não consigo alimentar tantas bocas com a carrada de filhos que já tenho.

Dado que só tenho 27 anos, já tenho um currículo de vida bastante alongado. Sinceramente não sei que fazer mais nos próprios anos.

Dica número 1 : Se não as poderem mandar f*der, sorriam-lhes que o efeito é o mesmo. Essas pessoas detestam ver os outros felizes, porque na cabeça delas, de tão estranha e com tanto cadastro que me persegue eu não tenho razões para ser feliz. Aliás até deveria sentir-me envergonhada por isso quando não as posso mandar para aquele sitio, mando-lhes um sorriso, ás vezes até pisco o olho e se tiver muito bem disposta até lhes mando um beijinho.

Dica número 2: É importante sacudir os cabelos e de vez em quando estalar os dedos e até podem dizer "bitch" ou "slay" porque acreditem elas vão pensar que estão a dizer "Olá tudo bem? Tás mesmo com ar de cabra hoje". Elas odeiam quando caminho de cabeça erguida. Odeiam e os seus olhos até ficam em chamas. Por isso nada melhor que erguer o queixo e dar aquele ar de snob que dizem que tenho, mesmo que não o tenha, e se tudo correr bem e as cobras não se manifestarem até podem mostrar o dedo do meio, a coçar o nariz, para disfarçar, porque fazer-lhes uma pilinha é quase como lhes apontar uma arma à cabeça. Acreditem.


Dica número 3 : Dar aquilo que recebemos. Até podia dizer-vos para não serem como as linguarudas, mas isso não teria piada. O mais correto seria ignorar e não pensar no assunto mas na verdade isso iria deixar-vos a pensar no assunto, o que pode levar a baixo auto estima ou até mesmo depressões. Por isso o melhor é pagar na mesma moeda. Nada me dá mais prazer saber que aquela pessoa falou mil e uma coisas e continua a ser a pessoa mais simpática do mundo pensa que na verdade eu não sei de nada. Por isso o melhor é o sarcasmo e mandar a boca a rir "a brincar, a brincar é que o macaco foi ao cu à mãe"... entenderam?

Dica número 4 : Não fazer o papel de vitima.  Porque na verdade tudo que esse tipo de pessoas quer é mesmo ver-nos no chão e afectados, sendo assim o grande segredo é calcar sempre essas ervas daninhas.  As ervas daninhas podem picar e irritar a pele mas não passam de marcas superficiais.  Enquanto elas...  Continuarão a ser isso mesmo,  Ervas Daninhas.


Dica número 5 : Continuares a ser tu mesma,  com toda a rebeldia e excentricidade que conseguires.  Muitos até podem considerar um ato provocatório.  eu considero um acto de indiferença. Se acham o teu cabelo demasiado berrante mistura um pouco mais de neon,  se a tua roupa não lhes agrada usa-a várias vezes (com moderação claro!  Não queremos matar as víboras com mau cheiro) . Tudo que te faça feliz faz,  sê e vive.  No final de tudo a essência é tua e tu podes ser quem quiseres.



Estas foram as minhas 5 dicas para lidar com "linguarudas" ou maluquinhas que têm demasiado tempo livre.  Acreditem, elas não desistem. Falam e falam.
 Mas um dia vão acabar por morder a língua e não vai haver antídoto que as safe do próprio veneno.



Até ao próximo post.




5 comentários:

  1. Adorei... o Feitiço um dia vira-se contra o feiticeiro, também já lidei com cobras do genero ,mas não lhes dei o gostinho e hoje andam mansinhas e arrastam-se mas tadinhas já vem tarde. Acho que fazes bem nunca baixar a cabeça, nem mudar por ninguém e já senti isso na pele ,mas sempre fui forte e ignorei o que dizem ou diziam de mim... Porque eu nunca fui influênciável e sempre fui pela minha cabeça como pelos meus gostos pessoais, e a mente Portuguesa é isto não evoliu...ser diferente não significa ser "drogada" e etcsss. As cobras precisam é de nivea para se untarem bem..e que se olhassem mais para a vida delas faziam melhor figura .. enfim boa batalha linda que nunca deixes de ser quem és. E quero acrescentar que não conhecia o blog e gostei muito e já sigo,beijokas :)

    ❤ Célia Santiago
    Diário Feminino
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  2. Tudo verdade... infelizmente no meu trabalho passo por isso todos os dias para trabalhar em dois quiosques (da mesma pessoa). Na cidade onde moro, não tenho muitos problemas, porque toda a gente erra e todos os dias aprendemos coisas novas, e quando erras sabes que as pessoas se te dão na cabeça para o teu bem( às vezes). Mas outras vezes quando te deslocas para a outra loja, as coisas são totalmente diferentes. As pessoas parecem já nao te querer lá, que só falas na outra lá ( quando falo é para facilitar as coisas que uma loja faz e outra só complica mas pensam sempre que é por mal). Nessa loja sabem de coisas da loja onde moro, mas não sou eu que as conto eu sei que há alguém a fazer isso, poque é a única pessoa que leva e traz, como se estivesse a picar umas e outras mas como eu fui a última a entrar ali, pensam sempre que sou eu a dizer tudo. Sabes estou a chegar a um ponto em que já não ando bem. Há una dias uma pediu para ir uma hora mais cedo no sábado, mas se for eu a pedir para trocar a folga porque tenho que ir a coimbra todos os meses dizem logo que nao. As coisas tem me corrido tão mal... as pessoas não tem vida própria e só querem o mal das pessoas. Já nao sei o que heide fazer. Estão sempre com contos e ditos, tentam sempre saber se ando a fazer alguma coisa de mal ou não ou até mesmo quanto recebi de ordenado. As tuas dicas são ótimas mas com aquela gente não resulta, parece que te lançam o mau olhado. Obrigada pelas dicas vou tentar depois digo te
    Beijinhos grandes

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  3. Também passo por isso desde miúda , e faço exatamente o que a Denise faz , não temos culpa de as pessoas não terem vida própria ou serem infelizes isto tudo regado com ignorância nata , sempre para a frente , cabeça erguida e faz o que achas que e bom para ti sempre com respeito por quem te respeita e a minha lição de vida , e mesmo que tivesses o cabelo preto como o meu , iriam sempre pegar noutra coisa , elas não gostam de pessoas seguras e felizes com a vida , a ultima vez disseram que eu era um corvo sinistro , se as faz feliz , tudo bem ....!

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